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Capitalismo consciente e filantropia corporativa: práticas para qualquer tamanho de empresa


 

Capitalismo consciente e filantropia corporativa: práticas para qualquer tamanho de empresa

Por Paula Fabiani, CEO do IDIS e Hugo Bethlem, Presidente do Conselho do Capitalismo Consciente Brasil

Incorporar o compromisso com o bem comum à estratégia de negócio é essencial para chegarmos aos resultados necessários para resolvermos os problemas que temos à frente como país e sociedade.  Nesse sentido, a filantropia corporativa emerge como uma importante aliada do capitalismo consciente, estilo de gestão que une propósito, ética e resultado. Em tempos de intensos desafios, ‘fazer sua parte’ é necessário, mas ainda mais é fazê-lo com intencionalidade, colaboração e responsabilidade.

Entre iniciativas que materializam essas práticas destaca-se o Compromisso 1%, iniciativa que convida empresas a doarem ao menos 1% do lucro líquido a organizações ou projetos de impacto social e ambiental. Promovido pelo IDIS e InstitutoMOL, o movimento brasileiro já atraiu empresas como AB Mauri, Cyrela, KPMG, PwC e RD Saúde.

Para atingirem a marca de 1%, as empresas signatárias não precisam praticar apenas a doação de dinheiro, são considerados também serviços, produtos e receitas de fundações e institutos corporativos. Ao aderir, a empresa não apenas amplia sua atuação social, mas também integra uma comunidade que compartilha aprendizados, amplia visibilidade, inspira outras organizações e se posiciona de forma estratégica diante de talentos e consumidores cada vez mais atentos.

Paralelamente, o Capitalismo Consciente Brasil, desde 2013, atua como outro agente transformador na cultura empresarial. A organização, filiada ao movimento global que teve origem nos EUA, busca acelerar a transição rumo a empresas mais éticas. Ao incentivar práticas como a governança inclusiva, o cuidado com stakeholders e a liderança com propósito, a organização promove uma nova lógica: empresas que não apenas lucram, mas distribuem valor para funcionários, clientes, fornecedores, sociedade e meio ambiente. E fazem disso sua vantagem competitiva.

A união entre filantropia corporativa — exemplificada pelo Compromisso 1% — e práticas de gestão consciente é poderosa: enquanto a doação direcionada alavanca o impacto positivo da empresa na sociedade, as estratégias do capitalismo consciente promovem a longevidade da empresa em seu mercado. Nesse modelo, a empresa deixa de ser vista apenas como fonte de riqueza e passa a ser um agente ativo na evolução social. A adoção dessas práticas não é apenas opcional, mas um imperativo estratégico. Em um mercado cada vez mais competitivo e atento aos valores corporativos, essas ações promovem maior confiança, abertura a investidores, atração e retenção de talentos e conexão com consumidores que buscam marcas alinhadas a seus ideais.

Vale destacar que movimentos como esses não são exclusivos de grandes corporações. Pequenas e médias empresas, responsáveis por cerca de 30% do PIB brasileiro, também estão aderindo a estas inciativas como demonstração de seu comprometimento com o futuro do país. Se cada empresa (e indivíduo) fizer a sua parte teremos um país mais promissor e, portanto, um ambiente para os negócios mais favorável no médio e longo prazo.

Ao abraçarem o Compromisso 1% e os princípios do Capitalismo Consciente, as empresas brasileiras assumem um papel protagonista na construção de um futuro mais justo, colaborativo e sustentável. O momento exige coragem para mudar e visão para perceber que, no final das contas, o país que queremos, e os negócios que prosperam, dependem da mesma escolha: atuar com propósito real e impacto positivo.

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